Uma plenária na noite dessa 2ª feira (7/07), no Sindbancários, em Porto Alegre (RS), inicia um novo ciclo de reuniões periódicas realizadas com o objetivo de mobilizar populações, entidades e movimentos sociais em defesa do Bioma Pampa rumo à Cúpula dos Povos. Fotos no final deste texto
Até agora, ocorreram 5 encontros desde abril, com o objetivo de articular territórios e organizações para construir um discurso unitário. “Nosso objetivo é unificar as pautas dos povos do Pampa rumo à Cúpula dos Povos no Pará, no final do ano, para chegar lá em unidade com as demandas”, explica Felipe Amaral, da Amigas da Terra Brasil, que participa desde o início da iniciativa.
Essa articulação na Capital gaúcha resultou na Frente de Mobilização Bioma Pampa, que levará a discussão para a região metropolitana e o interior do Rio Grande do Sul. A próxima atividade de Plenária Livre acontece em 11 de agosto, às 19h, na Câmara Municipal de São Leopoldo, no Vale do Sinos; até lá, outras atividades de mobilização acontecem quinzenalmente. A reunião de agosto, organizada pela Associação Roessler, referência na luta ambiental na região e no estado, terá como tema a gestão das bacias hidrográficas no enfrentamento à crise climática e o tratado de educação ambiental frente à crise climática.
Outros eventos estão sendo programados, ainda sem data definida, nas cidades de Pelotas e Rio Grande, no Sul gaúcho, e em Bagé, na Campanha. Há possibilidade, ainda, de acontecer um evento internacional no segundo semestre.
A metodologia empregada pela Frente de Mobilização Bioma Pampa é similar à praticada pela Cúpula dos Povos: perguntas sobre como o poder corporativo das grandes empresas e a urgência climática afetam os territórios e quais as alternativas que as populações e os movimentos sociais propõem ao modelo vigente, orientam o debate e as contribuições dos participantes.
O Pampa, com campos e banhados ricos em biodiversidade, é o bioma mais ameaçado do Brasil devido a projetos de mineração e à expansão do agronegócio com o monocultivo de eucalipto. E corre sério risco de extinção frente às sucessivas flexibilizações da legislação ambiental.




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Amigas da Terra Brasil