Assembleia geral relembra ações de 2024 e aprova contas da Amigas da Terra Brasil

Integrantes e membros dos conselhos Diretor e Fiscal da Amigas da Terra Brasil estiveram presentes na assembleia geral anual da entidade, que ocorreu em 4 de julho, na CasaNat, em Porto Alegre (RS).

A presidenta, Letícia Paranhos, conduziu a apresentação do relatório de ações da entidade, destacando a atuação durante a situação de emergência climática que atingiu o estado do Rio Grande do Sul, no Sul do Brasil, em meados de 2024. Na época, 184 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas, inundações e soterramentos, além de milhares que foram desabrigadas ou perderam suas casas, pertences e formas de sobrevivência.

Cada integrante presente falou um pouco sobre as ações nas quais se envolveu: campanhas solidárias de arrecadação de donativos, alimentos e material de construção para aldeias e retomadas indígenas; apoio às cozinhas solidárias montadas pela Periferia Feminista e do MTST, bem como à ocupação Maria da Conceição Tavares do MTST; participação nos protestos que denunciavam a falta de luz e a lentidão dos governos em dar fim aos alagamentos nos bairros mais periféricos de Porto Alegre; denúncia da situação calamitosa em cidades da região metropolitana, como Guaíba e Eldorado do Sul.

A Amigas da Terra Brasil também conseguiu expressar seus posicionamentos e suas críticas à falta de ações mais efetivas dos governos tanto de prevenção quanto para ajudar as pessoas a retomarem suas vidas e às causas que levaram ao maior desastre socioambiental da história gaúcha. Denunciamos as falsas soluções propostas por grandes empresas, que queriam se utilizar da tragédia para aumentar seus lucros, e dos crimes cometidos por governos e setores econômicos ao flexibilizar legislações ambientais por dinheiro, o que agora impactam o meio ambiente e a vida humana. Escrevemos notas de posicionamento e colunas no jornal Brasil de Fato com todo esse conteúdo, e traduzimos algumas delas para comunicar à Federação Internacional e demais organizações, que nos apoiaram inclusive financeiramente, que repassamos a territórios atingidos e a ações de solidariedade.

Para além da situação de emergência climática, ressaltamos a atuação da Amigas da Terra Brasil nas negociações do Tratado Vinculante junto à ONU (Organização das Nações Unidas) e na luta para responsabilizar grandes empresas e transnacionais por seus crimes, incluindo a criação de uma Lei Marco desse teor no Brasil (PL 572/22). A organização também ocupa uma cadeira no Conselho do Plano Diretor de Porto Alegre (RS) e atuou, junto com articulações como a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida e a Rede Alerta contra os Desertos Verdes, na denúncia dos impactos dos agrotóxicos e das monoculturas de árvore. Contra esses projetos de morte, apoiamos os territórios de vida, entre eles as aldeias e retomadas indígenas e a produção agroecológica de pequenos produtores e de assentados da Reforma Agrária. 

CLIQUE AQUI para acessar o relatório de ações de 2024

Na segunda parte da assembleia geral, a conselheira Lucia Ortiz apresentou a prestação de contas da entidade. João Batista Aguiar, representante do Conselho Fiscal, leu o parecer do conselho, que indicou pela aprovação das contas, sendo acatado por unanimidade pela assembleia.

Por fim, a presidenta Letícia Paranhos apresentou o novo site da Amigas da Terra Brasil, que será lançado em breve.

Agradecemos a presença de todas as pessoas que se fizeram presente, e aos que não puderam participar da assembleia, mas que estão sempre com a gente! Vocês são fundamentais para que prossigamos na luta!


Galeria de fotos da assembleia. Crédito: Maí Yandara/ ATBR

Assembleia Geral ATBr - 04/07/25 - CasaNAT - Porto Alegre (RS)



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Amigas da Terra Brasil

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