A Amigos da Terra América Latina e Caribe, da qual a Amigas da Terra Brasil faz parte, reitera a sua solidariedade com a luta do povo palestino, denuncia e condena o ataque à Fotilha Global Sumud.
Na noite de 1º de outubro, as Forças de Defesa de Israel atacaram a Flotilha Sumud Global em Águas Internacionais, interceptando civis desarmados que levavam ajuda humanitária para Gaza. 🇵🇸
O que tentaram ocultar na escuridão ficou exposto com a luz do dia: o cerco é um crime, e cada ato de violência revela o desespero de um regime genocida, opressor, colonial e racista. Este ataque ocorre no marco da proposta Trump-Netanyahu para uma “nova Gaza”. Uma proposta de 20 pontos que implica na consolidação do regime colonial, racista e de apartheid que sofre o povo palestino.
Desde a ATALC denunciamos esta violação, rejeitamos contundentemente a imposição de uma “nova Gaza” e reafirmamos nosso compromisso com a libertação do povo palestino e com o seu direito de viver em sua terra. Não poderão quebrar a solidariedade internacionalista, nem silenciar a resistência.
Condenação e rejeição da interceptação da Flotilha Global Sumud
Desde a Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo denunciamos o genocídio, racismo, as violações aos direitos dos povos e aos direitos humanos do povo palestino. Fazemos um chamado contundente para que sigam os processos de mobilização nacionais, regionais e internacionais para pressionar os governos democráticos a romperem relações com Israel.
Rejeitamos categoricamente a interceptação da Flotilha Global Sumud pelas forças militares do Estado sionista de Israel. A Flotilha da Liberdade está engajada em uma ação pacífica e legítima para fornecer ajuda humanitária à população palestina, que enfrenta o genocídio perpetrado por Israel por meio de diversas estratégias criminosas baseadas em danos calculados e bombardeios indiscriminados contra civis inocentes, ações de guerra irregular que afetam principalmente as crianças, mulheres e pessoas ansiãs em uma flagrante violação ao direito humanitário internacional.
A interceptação da Flotilla – como todas as ações genocidas contra o povo palestino – constitui uma grave agresão do Estado sionista de Israel, já que este não tem nenhum tipo de base legal para interceptar embarcações humanitárias em águas internacionais. A ação da Flotilha é inteiramente pacífica e legítima como expressão de solidariedade internacionalista que busca romper o bloqueio criminoso imposto por Israel à Faixa de Gaza.
Diante da crescente crise humanitária, do uso cruel da fome e do envenenamento da água como armas de guerra e de outras ações genocidas do Estado sionista de Israel, que agora também colocam em risco a vida de membros de missões humanitárias como a Flotilha Sumud, a resposta da comunidade internacional deve ser categórica e imediata. Interromper as ações criminosas do Estado de Israel é um imperativo moral, político e de direito internacional. Prolongar a impunidade da entidade sionista tornará cúmplices todos os governos que ainda não agiram decisivamente para impedir o genocídio do povo palestino.
Exigimos a proteção prioritária das pessoas que integram a Flotilha, e o fim imediato dos crimes de guerra e das ações genocidas contra a Palestina
Jornada Continental pela Democracia y contra o neoliberalismo
Seguimos em luta
2 de outubro de 2025
Posicionamento da Amigas da Terra América Latina e Caribe, divulgado originalmente aqui: https://atalc.org/2025/10/02/condena-y-rechazo-flotilla-sumud/