{"id":6066,"date":"2023-09-07T11:58:46","date_gmt":"2023-09-07T14:58:46","guid":{"rendered":"http:\/\/www.amigosdaterrabrasil.org.br\/?p=6066"},"modified":"2025-06-12T13:48:37","modified_gmt":"2025-06-12T16:48:37","slug":"nota-de-solidariedade-e-de-urgencia-pelo-ambiente-e-nossas-vidas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/amigasdaterrabrasil.org.br\/?p=6066","title":{"rendered":"ENCHENTE NO RS: NOTA DE SOLIDARIEDADE E DE URG\u00caNCIA PELO AMBIENTE E NOSSAS VIDAS!"},"content":{"rendered":"


\nMais um epis\u00f3dio de instabilidade, com chuvas intensas, provoca enchente hist\u00f3rica, mortes e muita devasta\u00e7\u00e3o no Sul do Brasil. Precisamos apoiar as iniciativas de ajuda \u00e0s comunidades afetadas e trabalhar em sua recupera\u00e7\u00e3o, pressionando por pol\u00edticas p\u00fablicas que abordem as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas de forma eficaz.<\/span><\/i>
\n<\/span><\/i>
\n<\/span><\/i>Pela 3\u00aa vez neste ano, um epis\u00f3dio de instabilidade, com chuvas intensas, vitimizou a popula\u00e7\u00e3o e causou muito estrago material, econ\u00f4mico e ambiental no Rio Grande do Sul. Desta vez, fortes chuvas desde o final de semana passado atingiram, especialmente durante a 2\u00aa e 3\u00aa feiras (4 e 5\/09), parte da regi\u00e3o Norte, Serra e a chamada \u201cregi\u00e3o dos vales\u201d ga\u00facho, marcada pela presen\u00e7a de rios importantes para a produ\u00e7\u00e3o e reprodu\u00e7\u00e3o da vida. Tamb\u00e9m impactou, com menos intensidade, o estado vizinho Santa Catarina.<\/span>
\n<\/span>
\n<\/span>Neste momento de muita tristeza e dor, expressamos profunda solidariedade com as v\u00edtimas e afetados e afetadas pelas enchentes, popularmente referidas por \u201ccheias\u201d, no Rio Grande do Sul. Este \u00e9 um momento de uni\u00e3o e de apoio \u00e0s comunidades que est\u00e3o enfrentando as consequ\u00eancias devastadoras desses eventos clim\u00e1ticos extremos, e \u00e9 o que garante a exist\u00eancia de uma sociedade<\/span> que se sensibiliza e se <\/span>solidariza. <\/span>
\n<\/span>
\n<\/span>N\u00f3s da Amigas da Terra Brasil estamos de luto pelas 48 pessoas encontradas mortas at\u00e9 o momento (47 no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina). Tamb\u00e9m nos solidarizamos \u00e0s mais de 25 mil pessoas desalojadas e desabrigadas, e cerca de 97 cidades e comunidades destru\u00eddas ou impactadas, utilizando nossa voz para exigir a r\u00e1pida resposta dos governos estaduais e federal e demais autoridades competentes \u00e0 emerg\u00eancia que afetados e atingidos enfrentam. Nesses locais, pessoas perderam suas casas, bens materiais, locais de trabalho, e pior: suas vidas, familiares, vizinhan\u00e7a, animais de estima\u00e7\u00e3o e para produ\u00e7\u00e3o de alimentos e subsist\u00eancia econ\u00f4mica, com dificuldades imensas para reconstruir a esperan\u00e7a e suas vidas.<\/span><\/p>\n

\"\"Cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari (RS), est\u00e1 entre as mais atingidas pela enchente recente na regi\u00e3o. Cr\u00e9dito: Maur\u00edcio Tonetto\/ Secom\/RS<\/em><\/span><\/p>\n

Impactados por mais uma trag\u00e9dia, refor\u00e7amos a urg\u00eancia com que todos e todas n\u00f3s, sociedade, no Brasil e em todo o mundo, precisamos enfrentar esta crise. Especialistas consideram que o Rio Grande do Sul est\u00e1 passando por um dos maiores desastres naturais de sua hist\u00f3ria. Esta cheia do Rio Taquari \u00e9 a pior desde 1941, quando atingiu seu pico; \u00e9 nessa regi\u00e3o que fica a cidade de Mu\u00e7um, que na enchente desta semana ficou com 85% de seu territ\u00f3rio debaixo d\u2019\u00e1gua e contabilizou o maior n\u00famero de pessoas mortas at\u00e9 agora (14 pessoas). <\/span><\/p>\n

Conforme dados hidrol\u00f3gicos da CERAN (Companhia Energ\u00e9tica Rio das Antas), a Usina Hidrel\u00e9trica Castro Alves, localizada entre os munic\u00edpios de Nova Roma do Sul e Ant\u00f4nio Prado (margem direita) e Nova P\u00e1dua e Flores da Cunha (margem esquerda), a vaz\u00e3o do Rio das Antas, na tarde do dia 04\/09\/23, ultrapassou a chamada vaz\u00e3o decamilenar, o que significa uma vaz\u00e3o que se previa ser atingida a cada 10 mil anos! Essa informa\u00e7\u00e3o acende um alerta quanto \u00e0 nossa atual capacidade de sequer prever esse tipo de evento daqui para frente, comprometendo, de maneira dram\u00e1tica, a seguran\u00e7a de infraestruturas sens\u00edveis como barragens, estradas e ind\u00fastrias, mas tamb\u00e9m de nossas cidades, localidades rurais e \u00e1reas agropecu\u00e1rias.  <\/span><\/p>\n

A ocorr\u00eancia de temporais e ciclones extratropicais faz parte do clima do Sul do Brasil, mas a incid\u00eancia rotineira e cada vez com maior intensidade e danos alerta que a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 fora do \u201cnormal\u201d. <\/span>Essas enchentes s\u00e3o um sintoma direto da emerg\u00eancia clim\u00e1tica e deixa, mais uma vez evidente, que seus efeitos est\u00e3o acontecendo agora, n\u00e3o s\u00e3o mais proje\u00e7\u00f5es de futuro!  Eventos clim\u00e1ticos cada vez mais extremos est\u00e3o ocorrendo no Brasil e em todo o mundo, como chuvas intensas e inunda\u00e7\u00f5es, calor e inc\u00eandios, chuvas de granizo destruidoras, tempestades de nev<\/span>e e baixas repentinas. <\/span>O aumento da temperatura global leva a um maior ac\u00famulo de calor nos oceanos, o que, por sua vez, influencia os padr\u00f5es clim\u00e1ticos, aumentando a probabilidade de eventos clim\u00e1ticos extremos, como as cheias.<\/span><\/p>\n

Nesse contexto, \u00e9 importante destacar a necessidade urgente de a\u00e7\u00f5es para encarar a situa\u00e7\u00e3o como emerg\u00eancia clim\u00e1tica. A preserva\u00e7\u00e3o do ambiente e a mitiga\u00e7\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas s\u00e3o essenciais para reduzir a frequ\u00eancia e a gravidade desses eventos, como as cheias no Rio Grande do Sul. Al\u00e9m disso, medidas de adapta\u00e7\u00e3o, mitiga\u00e7\u00e3o e preven\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m s\u00e3o necess\u00e1rias para proteger as comunidades vulner\u00e1veis. Governos federal, estaduais e municipais precisam dialogar com as popula\u00e7\u00f5es nos territ\u00f3rios, que s\u00e3o quem conhece e vivenciam a for\u00e7a da natureza. Devemos parar com as altera\u00e7\u00f5es e flexibiliza\u00e7\u00f5es na legisla\u00e7\u00e3o, licenciamento e monitoramento ambiental, que governos v\u00eam promovendo para atender apenas a interesses econ\u00f4micos de corpora\u00e7\u00f5es, imobili\u00e1rias, do agroneg\u00f3cio, energia e da minera\u00e7\u00e3o, sem proteger o ambiente natural e nem promover pol\u00edticas sociais \u00e0s popula\u00e7\u00f5es mais empobrecidas.<\/span>
\n<\/span>
\n<\/span>N\u00e3o podemos mais desrespeitar as margens dos rios, aterrar cursos d’\u00e1gua e banhados; n\u00e3o podemos mais licenciar desmatamento; precisamos de todo mato, toda a floresta, todo campo nativo poss\u00edvel para garantir o ambiente saud\u00e1vel para n\u00f3s e para todos os seres que dele dependem e que garantem a estabilidade dos ecossistemas. A solu\u00e7\u00e3o para a crise clim\u00e1tica \u00e9 garantir terra para os povos, demarcar terras ind\u00edgenas, titular quilombos, proteger territ\u00f3rios tradicionais, fazer a reforma agr\u00e1ria popular, apoiar a agroecologia; identificar, delimitar e respeitar as \u00e1reas de risco e garantir a dignidade das comunidades perif\u00e9ricas.<\/span><\/p>\n

Hoje, a hist\u00f3ria se repete. Como na enchente provocada no RS em Junho por chuva extrema de mais de 300mm concentrada em pouco tempo, quando <\/span>a cidade de Maquin\u00e9, no Litoral Norte<\/b><\/a>, sofreu com a cheia do rio, que subiu mais que as m\u00e9dias hist\u00f3ricas e encontrou os munic\u00edpios despreparados para esse acontecimento. Esse mesmo epis\u00f3dio tamb\u00e9m provocou muitos danos na cidade vizinha Cara\u00e1 e nas regi\u00f5es dos rios Ca\u00ed e Sinos, atingindo populosas cidades pr\u00f3ximas e na regi\u00e3o metropolitana de Porto Alegre. A solidariedade com as v\u00edtimas das cheias no Rio Grande do Sul n\u00e3o deve ser apenas um gesto moment\u00e2neo, mas sim um compromisso cont\u00ednuo. Devemos apoiar as iniciativas de ajuda \u00e0s comunidades afetadas, colaborar com organiza\u00e7\u00f5es que trabalham na recupera\u00e7\u00e3o e, ao mesmo tempo, pressionar por pol\u00edticas p\u00fablicas que abordem as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas de forma eficaz e com o car\u00e1ter de emerg\u00eancia clim\u00e1tica.<\/span><\/p>\n

Lembramos que, diante da emerg\u00eancia clim\u00e1tica, todos somos respons\u00e1veis por tomar medidas para proteger nosso planeta e as pessoas que nele habitam, mas atentamos que a emerg\u00eancia n\u00e3o deve passar por cima da participa\u00e7\u00e3o e da escuta da popula\u00e7\u00e3o. A solidariedade \u00e9 um passo importante nessa jornada, mas tamb\u00e9m \u00e9 crucial agir de forma proativa para combater as causas subjacentes desses eventos clim\u00e1ticos extremos. Afinal, a vida vale mais que o lucro, e cuidar do ambiente natural e das pessoas que nele vivem \u00e9 uma prioridade que n\u00e3o pode ser ignorada!<\/span><\/p>\n

Amigas da Terra Brasil<\/strong><\/p>\n

Cr\u00e9dito da foto: Maur\u00edcio Tonetto\/ SECOM\/RS<\/p>\n

* Texto publicado no dia 7 de setembro, \u00e0s 12h
\n* Texto alterado em 8 de setembro, \u00e0s 11h18min, para atualiza\u00e7\u00e3o do n\u00famero de v\u00edtimas, pessoas desabrigadas e desalojadas e munic\u00edpios afetados
\n* Texto alterado em 12 de setembro, \u00e0s 12h52min, para atualiza\u00e7\u00e3o do n\u00famero de v\u00edtimas, pessoas desabrigadas e desalojadas e munic\u00edpios afetados
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Neste momento de muita tristeza e dor, expressamos profunda solidariedade com as v\u00edtimas e afetados e afetadas pelas enchentes, popularmente referidas por \u201ccheias\u201d, no Rio Grande do Sul. Este \u00e9 um momento de uni\u00e3o e de apoio \u00e0s comunidades que est\u00e3o enfrentando as consequ\u00eancias devastadoras desses eventos clim\u00e1ticos extremos, e \u00e9 o que garante a exist\u00eancia de uma sociedade que se sensibiliza e se solidariza. N\u00f3s da Amigas da Terra Brasil estamos de luto pelas 48 pessoas encontradas mortas at\u00e9 o momento (47 no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina). Tamb\u00e9m nos solidarizamos \u00e0s mais de 25 mil pessoas desalojadas e desabrigadas, e cerca de 97 cidades e comunidades destru\u00eddas ou impactadas, utilizando nossa voz para exigir a r\u00e1pida resposta dos governos estaduais e federal e demais autoridades competentes \u00e0 emerg\u00eancia que afetados e atingidos enfrentam. Nesses locais, pessoas perderam suas casas, bens materiais, locais de trabalho, e pior: suas vidas, familiares, vizinhan\u00e7a, animais de estima\u00e7\u00e3o e para produ\u00e7\u00e3o de alimentos e subsist\u00eancia econ\u00f4mica, com dificuldades imensas para reconstruir a esperan\u00e7a e suas vidas. Cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari (RS), est\u00e1 entre as mais atingidas pela enchente recente na regi\u00e3o. Cr\u00e9dito: Maur\u00edcio Tonetto\/ Secom\/RS Impactados por mais uma trag\u00e9dia, refor\u00e7amos a urg\u00eancia com que todos e todas n\u00f3s, sociedade, no Brasil e em todo o mundo, precisamos enfrentar esta crise. Especialistas consideram que o Rio Grande do Sul est\u00e1 passando por um dos maiores desastres naturais de sua hist\u00f3ria. Esta cheia do Rio Taquari \u00e9 a pior desde 1941, quando atingiu seu pico; \u00e9 nessa regi\u00e3o que fica a cidade de Mu\u00e7um, que na enchente desta semana ficou com 85% de seu territ\u00f3rio debaixo d\u2019\u00e1gua e contabilizou o maior n\u00famero de pessoas mortas at\u00e9 agora (14 pessoas).  Conforme dados hidrol\u00f3gicos da CERAN (Companhia Energ\u00e9tica Rio das Antas), a Usina Hidrel\u00e9trica Castro Alves, localizada entre os munic\u00edpios de Nova Roma do Sul e Ant\u00f4nio Prado (margem direita) e Nova P\u00e1dua e Flores da Cunha (margem esquerda), a vaz\u00e3o do Rio das Antas, na tarde do dia 04\/09\/23, ultrapassou a chamada vaz\u00e3o decamilenar, o que significa uma vaz\u00e3o que se previa ser atingida a cada 10 mil anos! Essa informa\u00e7\u00e3o acende um alerta quanto \u00e0 nossa atual capacidade de sequer prever esse tipo de evento daqui para frente, comprometendo, de maneira dram\u00e1tica, a seguran\u00e7a de infraestruturas sens\u00edveis como barragens, estradas e ind\u00fastrias, mas tamb\u00e9m de nossas cidades, localidades rurais e \u00e1reas agropecu\u00e1rias.   A ocorr\u00eancia de temporais e ciclones extratropicais faz parte do clima do Sul do Brasil, mas a incid\u00eancia rotineira e cada vez com maior intensidade e danos alerta que a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 fora do \u201cnormal\u201d. Essas enchentes s\u00e3o um sintoma direto da emerg\u00eancia clim\u00e1tica e deixa, mais uma vez evidente, que seus efeitos est\u00e3o acontecendo agora, n\u00e3o s\u00e3o mais proje\u00e7\u00f5es de futuro!  Eventos clim\u00e1ticos cada vez mais extremos est\u00e3o ocorrendo no Brasil e em todo o mundo, como chuvas intensas e inunda\u00e7\u00f5es, calor e inc\u00eandios, chuvas de granizo destruidoras, tempestades de neve e baixas repentinas. O aumento da temperatura global leva a um maior ac\u00famulo de calor nos oceanos, o que, por sua vez, influencia os padr\u00f5es clim\u00e1ticos, aumentando a probabilidade de eventos clim\u00e1ticos extremos, como as cheias. Nesse contexto, \u00e9 importante destacar a necessidade urgente de a\u00e7\u00f5es para encarar a situa\u00e7\u00e3o como emerg\u00eancia clim\u00e1tica. A preserva\u00e7\u00e3o do ambiente e a mitiga\u00e7\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas s\u00e3o essenciais para reduzir a frequ\u00eancia e a gravidade desses eventos, como as cheias no Rio Grande do Sul. Al\u00e9m disso, medidas de adapta\u00e7\u00e3o, mitiga\u00e7\u00e3o e preven\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m s\u00e3o necess\u00e1rias para proteger as comunidades vulner\u00e1veis. Governos federal, estaduais e municipais precisam dialogar com as popula\u00e7\u00f5es nos territ\u00f3rios, que s\u00e3o quem conhece e vivenciam a for\u00e7a da natureza. Devemos parar com as altera\u00e7\u00f5es e flexibiliza\u00e7\u00f5es na legisla\u00e7\u00e3o, licenciamento e monitoramento ambiental, que governos v\u00eam promovendo para atender apenas a interesses econ\u00f4micos de corpora\u00e7\u00f5es, imobili\u00e1rias, do agroneg\u00f3cio, energia e da minera\u00e7\u00e3o, sem proteger o ambiente natural e nem promover pol\u00edticas sociais \u00e0s popula\u00e7\u00f5es mais empobrecidas. N\u00e3o podemos mais desrespeitar as margens dos rios, aterrar cursos d’\u00e1gua e banhados; n\u00e3o podemos mais licenciar desmatamento; precisamos de todo mato, toda a floresta, todo campo nativo poss\u00edvel para garantir o ambiente saud\u00e1vel para n\u00f3s e para todos os seres que dele dependem e que garantem a estabilidade dos ecossistemas. A solu\u00e7\u00e3o para a crise clim\u00e1tica \u00e9 garantir terra para os povos, demarcar terras ind\u00edgenas, titular quilombos, proteger territ\u00f3rios tradicionais, fazer a reforma agr\u00e1ria popular, apoiar a agroecologia; identificar, delimitar e respeitar as \u00e1reas de risco e garantir a dignidade das comunidades perif\u00e9ricas. Hoje, a hist\u00f3ria se repete. Como na enchente provocada no RS em Junho por chuva extrema de mais de 300mm concentrada em pouco tempo, quando a cidade de Maquin\u00e9, no Litoral Norte, sofreu com a cheia do rio, que subiu mais que as m\u00e9dias hist\u00f3ricas e encontrou os munic\u00edpios despreparados para esse acontecimento. Esse mesmo epis\u00f3dio tamb\u00e9m provocou muitos danos na cidade vizinha Cara\u00e1 e nas regi\u00f5es dos rios Ca\u00ed e Sinos, atingindo populosas cidades pr\u00f3ximas e na regi\u00e3o metropolitana de Porto Alegre. A solidariedade com as v\u00edtimas das cheias no Rio Grande do Sul n\u00e3o deve ser apenas um gesto moment\u00e2neo, mas sim um compromisso cont\u00ednuo. 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